Você é responsável pelo próprio potencial de ser feliz.

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O sentimento da rejeição pode aparecer a qualquer momento e em qualquer área da vida entre casais, amigos, família ou no ambiente escolar e de trabalho. Trata-se de um sentimento natural e cada pessoa sente a rejeição de uma forma diferente, variando de acordo com a educação recebida, a cultura, a sociedade em que está inserida e a personalidade individual.

Todas as pessoas, em algum momento da vida, já se sentiram rejeitadas algum dia: como no namoro que não deu certo; no grupo de pessoas em que não se sentiu aceito; entre outros. Ainda que esse processo seja doloroso para todos, alguns conseguem superar esse fato com maior facilidade, outros sentem dificuldade e algumas vezes por não conseguir lidar com isso acabam se fechando para a vida.

Relacionamento e trabalho são algumas das principais maneiras de criarmos identidades. Não somos nunca apenas o “João” ou a “Maria”. Somos o “João da Heloísa Andrade”. Somos a “Joana da Petrobrás”. Essas identidades nos dão apoio, respaldo, contexto social. Ajudam a sufocar um pouco o vazio existencial que nos oprime. Por isso, ser rejeitado pela Heloísa Andrade ou despedida da Petrobrás dói tanto. Porque não é só um relacionamento ou um emprego que se vai. Perdemos também aquela “personagem” que investimos tanto esforço em criar, cultivar, consolidar.

O desejo de ser aceito e incluído em grupos sociais ou o desejo de viver um relacionamento amoroso é importante para o indivíduo, pois são nessas relações que ocorrem diversas experiências e vivencias para o amadurecimento humano. Entretanto, em alguns casos há uma excessiva importância dada à opinião e aos valores dos outros e a pessoa torna-se dependente de aprovações externas. Passam a agir de acordo com o que acreditam ser o desejo do outro, tendo a ilusão de que desta forma estarão seguras da solidão e de um possível abandono. Não é raro perceber que deixam de fazer coisas pelo medo de serem rejeitadas, até por pessoas que não têm nenhuma ligação emocional.

Em geral a pessoa com a dor da rejeição sente-se ansiosa, magoada, ofendida ou com raiva de si ou do outro. Muitas vezes busca a qualquer custo entender o porquê da rejeição e como não encontra nenhuma explicação que lhe faça sentido naquele momento, sente-se culpada e acaba se desvalorizando (“Será que eu falei ou fiz alguma coisa que a outra pessoa não gostou?” ou “Acho que não sou boa o suficiente”). Em alguns casos surgem também desejo de pose ou vingança (“Não vou admitir que aquela pessoa fique com mais ninguém”) ou até ideias suicidas.  É preciso estar atento a estes sinais, pois muitas vezes a dor torna-se pesada demais para ser suportada sozinha e procurar ajuda para o tratamento adequado é essencial.

É natural que diante da rejeição surjam sentimentos de tristeza, solidão e abandono, mas é necessário ficar consciente de que atribuir ao outro a responsabilidade integral pelo próprio bem estar, é fomentar o sentimento de rejeição cada vez que algo for negado. Acreditar que a outra pessoa deve assumir e suprir as suas próprias necessidades, retrata uma atitude quase infantil e inconsciente de acreditar que essa pessoa tem mais capacidade para comandar sua vida, parecido ao sentimento de segurança sentido na infância com os cuidados dos pais.

O importante é não aceitar a rejeição como uma crença destrutiva a respeito de si mesmo, tornando-se uma pessoa insegura para novas experiências e fechando-se para a vida com medo de magoar-se novamente.

A dor da rejeição é tão intensa que pode gerar profundas feridas, mas o sofrimento pode ser menos ativo. Devemos ter em mente que o outro pode dar ou não a resposta que desejamos, pode gostar ou não da gente, pode nem querer conviver conosco, mas mesmo diante dessa realidade nossa vida seguirá, oportunidades aparecerão para novas amizades e relações que nos ajudarão a superar esta frustração.

Devemos ficar lúcidos de que já crescemos e somos responsáveis pelo nosso próprio potencial para sermos felizes. Focar no amadurecimento e na descoberta de quais são os nossos verdadeiros desejos e valores, auxiliará o processo da construção de recursos internos para lidar com limites e com o sentimento de frustração e impotência.

Beijokas Iluminadas.

#RotaStudio

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